Vamos conversar sobre o atendimento analítico
Vamos conversar sobre o atendimento analítico
Recentemente ouvi de uma analisanda a seguinte frase: “Falar sobre o que está aqui dentro vai dando forma, daí consigo lidar melhor com isso.”
Essa fala dela me fez pensar sobre todo processo analítico. Tanto meu, quanto dos meus analisandos. Atendo um público vasto, casais e pessoas de diferentes faixas etárias. Cada um apresenta um jeito diferente e uma forma própria de compreender suas questões.
Porém, algo acontece igual com todos: a constante linda da análise é a fala. A cura pela fala (como já diria meu amado Freud).
A análise se inaugura quando o sujeito consegue chegar em um grande questionamento que há dentro de si, no momento que ele faz essa reflexão... PIMBA! O processo analítico finalmente começou.
Óbvio que não é algo assim, simples, como uma chavinha que giramos e pronto. Mas precisa desse ponto de viragem para que a pessoa compreenda que há uma questão e que precisa trabalhar sobre ela.
Algumas vezes leva tempo, outras acontece rapidamente.
Nem sempre é fácil e bonito. Algumas vezes dói demais e precisamos respirar fundo muitas vezes para lidar com aquilo. A única certeza é: falar vai ajudar!
Falar vai dando um contorno, um novo significado para aquilo e ajuda. Começa a deixar o peito mais leve.
Demanda coragem, mas vale a pena.